A beleza judia
Se tem coisa que sinto saudade de Buenos Aires é da beleza judia. Quem sabe, vai me perguntar: judia de onde? Sei que não é a mesma beleza a asquenazim que os sefarditas, por colocar só dois exemplos. Quando morava em Florianópolis, no verão chegava toda a rapaziada que acabava de sair do serviço militar obrigatório. O que são aquelas mulheres judias com pele árabe... Cor de árabe, nariz de judia, redonda na ponta, uma delicia. Cresci em bairro judeu, Villa Crespo. Muitos brasileiros que foram para Buenos Aires, andaram por Villa Crespo, achando que andavam por Palermo. Cresci na rua Murillo, onde milhares de brasileiros compraram casacos, do lado de uma sinagoga. Dessa sinagoga que vou contar. Quiseram mudar o nome de uma área do bairro, para Palermo Queens. Rico é uma desgraça. Bicho burro, tem mal gosto, é cafona, bota dois leões na porta da casa branca. A diferença de São Paulo - a maior comunidade judia do Brasil-, historicamente os judeus na Argentina eram de