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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

Carnaval e o mentiroso Harmonia

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Bandeira, um amigo com mais de setenta carnavais em Salvador, disse que segunda iria pular com Xanddy Harmonia. Pensei: se Bandeira desce, é para ir. A concentração era às 17h, saí de casa às quatro e meia. Desde Rio Vermelho não consegui Uber até Ondina, a distância é curta e os motoristas cancelavam pelo valor. Pensei em ir andando, mas lembrei das bikes do Itaú e fui pegar uma, sem antes olhar se as estações de Ondina ainda estavam. Tive que deixar a bike na Garibaldi, passando a UFBA. Se tivesse ido andando, teria caminhado menos. Uns amigos argentinos me aguardavam na frente do camarote da Brahma, do lado do clube espanhol. Indo pela Oceânica vi o trio elétrico, e um cara com uma moladora, arrumando algumas coisas. Soube que não iriam cumprir com o horário planejado. O que não imaginei, é que iriam fazer o povo esperar quatro horas. O trio saiu às nove da noite. Harmonia deve ter chegado umas sete e média. A van parou do lado do trio, o cara jogou uns beijinhos para o público

A dor da impotência

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  Quando é que vão parar? Ninguém pode parar eles? O problema de quem tem mais força é esse, impõe sua força, e quem evita? Penso em Israel bombardeando Gaza, vejo jovens israelenses matando crianças, que andam de bike pela rua. Penso no policial negro, batendo no jovem negro, e a comunidade vendo, sem fazer nada, porque sabe que se agir, também pode apanhar, ou levar tiro. É um problema de covardia, ou da força do medo? Apanhei do pai, até os onze anos. Até hoje, trinta e dois anos depois, carrego as marcas daquilo. Quando era criança, tinha um amigo que gostava de brigar, treinava para isso, fazia karatê. Eu perguntava para ele: mas quando é que o outro para de te bater? Era a pergunta que eu me fazia: quando é que meu pai vai parar? Isso não impedia eu fazer aquilo que meu pai proibia. Sabia que de qualquer jeito iria apanhar, seja pela caligrafia nos cadernos, seja porque caiu o garfo enquanto comia, seja por alguma coisa que falei. Então, diante da certeza de que iria apanhar,